Vítima

A vítima.
25.02.2012

O percurso em mar aberto
Toma o repúdio em sua essência
O despojo é subalterno
Do silêncio em convergência.

O tempo é uma magia
O esquecimento é uma prosa
A memória em poesia
Numa mnemose*  assombrosa.

Mergulhar sem hesitação
Na água trina e radiosa
A espuma é uma inspiração
Para uma captura dolorosa.

Quem diria que o tempo é passageiro
Sua âncora é a vida de ninguém
Quem sobrevive a esse ato sorrateiro
Morrerá num esquecido vaivém.


*Mnemose: relativo à memória

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